Versatilidade. Essa é a palavra que melhor define a franquia das tartarugas. Histórias urbanas, mistérios noir, robôs, alienígenas, dimensões alternativas, espaço sideral, ciência maluca, viagem no tempo... tudo isso se mescla nas histórias e, tal qual um milagre (leia-se competência), funciona naturalmente na narrativa, sem forçar a barra.
No final dos anos 90, em que o massaveísmo ainda ebulia com força e encarnava em diversas franquias de sucesso na indústria dos quadrinhos, não poderia ser diferente com tartarugas.
Para cumprir o desafio de inserir quatro tartarugas adolescentes ninja num contexto noventista recheado e ação e virilidade, Kevin Eastman chama ninguém menos que Simon Bisley, a mente por trás da obra que talvez foi a maior representação dessa década: Lobo.
Talvez por serem as figuras mais agressivas do plantel de personagens, Rafael e Casey Jones foram escolhas óbvias para a história, que acompanha o encontro (totalmente ao acaso) com a misteriosa Meia-noite (a femme fatale da vez), que é perseguida pela máfia chinesa.
Eastman e Bisley entregam tudo que um fã noventista pode querer: armas, tiros, corpos sarados, ultra violência gratuita, gangues, lutas, perseguições de carro, explosões... tudo isso regado à muitas frases de efeito e falas prontas.
Por isso, leitores, peguem suas jaquetas de couro, seus óculos escuros, e penteiem um topete com muito gel pra segurar firme, pois a viagem é alucinante, e essa turma vai aprontar confusões que até Deus duvida!
Tradução:Fábio Letras: Outro Fábio